A gestão de uma organização é um desafio de grande proporção. Para administrar uma empresa convencional são necessárias várias habilidades e conhecimentos. Uma indústria, por exemplo, exige acompanhamento permanente da evolução da tecnologia, da concorrência, das melhores práticas, dos melhores profissionais, enfim são muitas ações a ocupar prioridades na vida do gestor. Evidentemente que as decisões estratégicas estão restritas a poucas pessoas, notadamente aos proprietários.
No caso de organizações cuja administração estratégica está ligada a um colegiado estas situações são potencializadas. São praticamente os mesmos desafios para o gestor, com a complexidade da prática de decisão por um grupo maior de sponsors.
Uma das tarefas mais complexas é a gestão de pessoas. Isto vai além do entendimento da tecnologia e da informação e chega ao sentimento. Administrar o sentimento das pessoas é o algo mais que um administrador pode fazer para conseguir sucesso em seu empreendimento. Quando, por exemplo, são necessárias demissões a compreensão fica muito aquém da justificativa técnica ou econômico/financeira. Todas as pessoas se sentem no direito de questionar as atitudes e, legitimamente - sob seu ponto de vista, querem a reversão da decisão. Alguns casos, mais debilitados, buscam o caminho da intimidação do ocupante do cargo de gestão. São atitudes de tentativa de ridicularização pública, como, por exemplo, postando comentários completamente alucinados em páginas expostas na rede mundial. Para tudo há uma compreensão e uma razão.
O importante é ter a consciência tranquila de suas atitudes e, em especial praticar o que fala.
Esta é uma questão que vivo tranquilamente nestes meus cinquenta anos e da qual tenho muito orgulho.
