quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Qual será o resultado?

Estamos vivendo momentos de intensa volatilidade de informação e uma constância na complexidade da crise. A informação num momento tem um enfoque, em outro muda de tom e energia de tal forma que nos põe, o tempo todo, a voltar as atenções para um patamar de visão cada vez maior e de difícil interpretação. A metáfora é a da fotografia que foi tirada com uma limitada capacidade de pixels. Quanto maior for a ampliação menos definida a imagem e a sua consequente difusão. As flutuações resultantes das intervenções dos governos e empresas dão um espectro de muita instabilidade nas organizações e, por isso, nas pessoas.
No Brasil, particularmente, observo um fenômeno no mínimo curioso. A economia e o mercado já estão em plena luta e combate para vencer uma reconhecida situação negativa. O governo brasileiro - em especial o presidente Lula, bate, o tempo todo, na mesma tecla que tudo isto que está acontecendo não é tão grave, que não seremos atingidos duramente pelas adversidades que o resto do mundo vive. Enfim, há um clima de otimismo nas trincheiras palacianas. De prático solta o freio do PAC. A tática está se mostrando eficiente, por enquanto. Recente pesquisa mostra a elevação da aceitação e popularidade do nosso governante. Ele aposta que tudo passará com certa brevidade. O resultado da pesquisa mostra que as pessoas estão acreditando nesta proposta. Se estiver correto o nosso presidente poderá potencializar sua aceitação e conseguir avançar com seu projeto político. Se estiver errado restam, pelos menos, duas saídas: confiar na memória curta de uma maioria que poderá esquecer este comportamento ou mergulhar na crise de popularidade e aceitação semelhante a vários outros governantes de diversos países. Uma vez mais teremos que trabalhar, conseguir resultados individuais ou coletivos vencer os desafios porque outros mais virão. Virá, também, a inexorável verdade de quem apostou certo e dos que apostaram errado. Isto tudo passará e se tornará história para contarmos aos nossos netos.